quinta-feira, 18 de novembro de 2010


Nesta terça (23), no auditório da UFPI/CSHNB, ás 09:00hs, haverá a exibição do documentário Vinícius, de Miguel Farias Jr., um longa com algumas partes ficcionadas por excelentes actores. Uma Camila Morgado desconhecida e referência futura. Depoimentos do Chico, Caetano, Gil, Bethânia. Atuações da Calcanhoto além de outras que rememoram o tal Vinícius poeta. Duas horas de génio, música, mulheres e umas doses para sarar a sobriedade.

E nesta quarta (24), também no auditório da UFPI/CSHNB, às 09:00hs será exibido o longa-metragem "Santiago", de João Salles.



A todos, boa exibiçao!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

LADRÕES DE BICICLETA - sábado, às 19:00hs no SENAC - PICOS


“Ladrões de Bicicleta”, de Vittorio De Sica (1948), um dos clássicos do cinema neorealista italiano, possui uma trama narrativa singela: um desempregado, Antonio Ricci, consegue uma vaga de emprego como colador de cartazes. Mas a exigência para a obtenção da vaga é possuir uma bicicleta. Ricci a possui, mas ela está empenhada. Maria, sua mulher, decide empenhar os lençóis da cama e retira, na mesma loja de penhores, a bicicleta. Antonio Ricci consegue o emprego e começa a trabalhar numa manhã de sábado. Entretanto, enquanto colava cartazes, Ricci tem a sua bicicleta roubada. Desesperado, ele tenta encontrá-la com a ajuda do filho Bruno. Ele busca apoio da policia e dos amigos. Mas é procurando por conta própria, ao lado de Bruno, que Antonio Ricci se encontrará imerso numa experiência de dor e angústia com a perda do meio de trabalho.
“Ladrões de Bicicleta” trata da condição de proletariedade extrema. É o caso de Antonio Ricci, desempregado há anos (talvez há cerca de três anos, isto é, desde o final da Segunda Guerra Mundial em 1945). Na abertura do filme De Sica expõe o drama social do desemprego de longa duração que atinge larga parcela do proletariado italiano no pós-guerra. A Itália é um país capitalista de economia desestruturada pela derrota na guerra mundial. Não há geração de vagas de trabalho e um amplo contingente está imerso na pobreza. É o que consideramos uma situação de proletariedade extrema.

No SENAC - PICOS, às 19:00hs
Rua Marcos Parente, 570 - Centro
ENTRADA FRANCA

domingo, 11 de julho de 2010

Movimento Aliança de Teatro


O M.A.T., surgiu como um grupo de estudos da Casa Aliança, uma entidade filantrópica, que mantém cursos e atividades para crianças e adolescentes da comunidade Parque de Exposição, da cidade de Picos, sem cobrar nada por isso.
A casa é mantida por sócios e voluntários que colaboram para seu funcionamento, contando até mesmo com alunos da casa que hoje se predispõem à trabalhar junto pela causa social, ensinando e aprendendo com sua própria comunidade e motivando outros a se interessarem por diversas linguagens artísticas, esportes, cultura, e a partir dessas experiências cultivarem uma vida melhor.

Casimira Quietinha


A partir de fragmentos da cultura popular nordestina, relativo à literatura de cordel, figuras de expressividade, músicas e oralidade, cinco atores, transformam a obra literária do autor piauiense Waldívio Siso, numa história ainda mais viva, com sua perspectiva de relação entre público e expressão, tornando as pessoas que à vê, não mais espectadores, mas, protagonistas duma história viva.
Casimira (Íris Alves) é uma típica mocinha do interior, com seus costumes e valores, que com seu jeitinho, encanta Beijamim (Edino Rocha), um jovem que se apaixona perdidamente, mesmo sabendo que Zé Morão (Ramon Souza), o pai de Casimira, é um cabra arretado que com seu rifle vai mostrar para o conquistador que não se bole com filha de caçador, mas o Seu Delegado (Thierry Lima) vai está lá para apartar esse emboleiro, que só Deus e o Contador de Histórias (Amós Santiago) saberão onde vai dar.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Denúncias de descaso e irregularidade relacionado a cultura pelo partidarismo no Sudoeste da Bahia


Pelo ator, dramaturgo, diretor e professor Avanilton Carneiro, pelo blog, avaniltoncarneiro.blogspot.com

Cultura é o quê? “Amordaçar o artista para não denunciar a incompetência do Secretário, a centralização e a falta de transparência na aplicação dos recursos públicos?” Cultura é o quê? “Expulsar um artista de um espaço público só para CENSURAR a voz dele?” Cultura é o quê? “Ignorar as metas aprovadas pela Conferência de Cultura?” Cultura é quê? “Fingir democracia e impor a ditadura cultural?”

No último dia 18 de outubro de 2009, dia do seu aniversário, o dramaturgo Avanilton Carneiro, autor de quarenta e duas peças, entre elas “O Porão”, uma das vencedoras do Concurso Nacional de Dramaturgia: ‘Seleção Brasil EmCena’, foi expulso da sala polivalente, do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, em Vitória da Conquista, Bahia, na frente de delegados de onze municípios, pela atriz Patrícia Moreira, representante da Secult-Ba, no Território Vitória da Conquista, e pela Coordenadora dos Territórios, Rita Clementina, durante a Assembleia da Sociedade Civil que escolheria os delegados para a Conferência Estadual de Cultura, a ser realizada de 26 e 30 de novembro, em Ilhéus, num ato de arbitrariedade jamais vivido pelo o autor até mesmo na época da Ditadura Militar quando ele teve dois embates ferrenhos com Eduardo Gabus, na época, representante cultural no Carlismo: No Teatro Gamboa quando reivindicava participação do interior na Campanha Nacional da Kombi e na sala da direção do Teatro Castro Alves quando solicitava a descentralização dos editais. Após perder os argumentos, Gabus saiu da sala, mas não o colocou para fora. Poderia alegar que um subversivo atacava o Governo com palavras de ordem, “coube esse vergonhoso ato, que manchou a história da Cultura Baiana justamente a técnicos administrativos de um Governador de esquerda”, desabafa o autor de “Vítimas da Ditadura – 40 anos mais tarde”.

A manobra para neutralizar a voz de Avanilton Carneiro começou na Conferência Municipal de Cultura por parte de alguns artistas que recebem apoio financeiro, da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, sem passarem por licitação pública, entre eles até mesmo servidor público municipal. Como o dramaturgo vem denunciando esses entre outros erros na administração pública cultural tanto na esfera local quanto estadual, houve uma articulação para impedi-lo de sair do tal evento delegado. A ordem era não deixar o seu discurso chegar à Conferência Estadual de Cultura para não entrar em embate com os assessores de deputados que sustentam o Secretário Estadual na função como aconteceu em 2007 e o autor de “A Vítima” conseguiu defender e aprovar propostas que beneficiavam o interior ou quando conseguiu arrancar aplausos da classe teatral ao proferir diversas críticas de descaso ao teatro do interior deixando irritadíssima a equipe organizadora.
Os assessores dos deputados eleitos pela Capital Baiana vão articulados para a Conferência Estadual de Cultura. A ordem é não deixar aprovar propostas que beneficiem o interior, porque a determinação é que o bojo da verba destinada à cultura fique na capital. Tal fato foi confirmado pelo o embate ferrenho e desgastante, em 2007, quando o Deputado, Zilton Rocha, enviou sua então equipe liderada pelo o Ator de Teatro de Rua, Cuca, onde este tentou a todo custo impedir a aprovação da proposta: “Territorizar os editais”, encaminhada desde a Conferência Municipal pelo o autor de “O Sino dos Oprimidos”. Cuca e a equipe dele só pararam de sustentar o embate quando Avanilton Carneiro denunciou de que eles estavam aproveitando a estrutura pública da Conferência para fazer publicidade partidária, inclusive usufruindo da alimentação: “Restava saber a gasolina e hospedagem”. Em Feira de Santana, novo embate com outros oito assessores de parlamentares diversos. Todos da capital. Queriam impedir a designação da verba aos territórios. Mais uma vez foram derrotados.

A Conferência Municipal de Cultura, 2009, foi realizada quase que por funcionários públicos porque a classe artística a boicotou, principalmente os músicos que ficaram sem a micareta e foram responsáveis por mais da metade dos delegados na edição de 2007. O Secretário Municipal de Cultura, Gildelson Felício, viveu momentos de angústia quando viu o Prefeito Guilherme Menezes chegar e não ter trinta pessoas para a realização da Conferência Municipal-2009. Foi um desespero da equipe cultural do município ligando e acordando todos os cargos de confiança da Prefeitura. Reclamavam a presença deles: “É pra não ficar veio”. Começou com duas horas e meia de atraso até chegar quase toda a equipe de confiança do prefeito. Muitos ocupantes de funções públicas de secretarias que não tinham nada a ver com o evento formaram quórum para a abertura da Conferência Municipal e em cima desse falso mutante é que tiraram o coeficiente para o número de delegados que iriam à Conferência Territorial. Pessoas que jamais assistiram uma manifestação cultural se cadastraram como artista. Pouquíssimos artistas se fizeram presentes. Perderam o crédito. Sabem que essas Conferências só ficam no blá, blá, blá, papel arquivado nas mesas dos secretários, digitado, formatado, arrumadinho para passar à imprensa e fingir democracia.

E o Secretário Municipal de Cultura organizou as manobras para barrar membros da oposição de serem eleitos delegados, entre eles, Avanilton Carneiro: Fez a sociedade civil perder uma vaga ao permitir uma funcionária pública municipal ocupar uma vaga do segmento civil e outorgou o ator César Sandes como delegado biônico da sociedade civil sem passar pelo o processo de eleição assim como todos os delegados do segmento servidor público municipal não foram eleitos através do voto, mas decretados pelo o secretário municipal de cultura, inclusive ele, e ninguém reivindicou seus direitos, porque mais de oitenta por cento da plenária trabalham na Secretaria Municipal de Cultura. Iriam ‘bater’ de frente com o chefe? Preferiram não reivindicarem o exercício da democracia, mas assegurarem seu emprego ou a cômoda situação de estar lotado numa secretaria que passa a maior parte do tempo de braços cruzados.

Quando do encaminhamento de escolha dos delegados municipais, Gildelson sustentou um debate contra a cantora Cristina por um longo período ao perceber que a proposta dessa artista prejudicaria a atriz Jeanne Sandes e beneficiária Avanilton Carneiro, mas Cristina achava que estava prejudicando o autor de “Esperança Contida” e beneficiando Jeanne. Até que alguns da plenária, sob o deixa do secretário, cochicharam aos ouvidos da artista que retirou sua proposta ao ser alertada do erro que estava cometendo. Como a plenária real era de apenas 42 (O percentual de delegados conquistenses na Conferência Territorial não foi correto) participantes, na sua maioria funcionários do município, em especial, Secretaria Municipal de Cultura, descarregaram vinte votos na atriz e servidora municipal Jeanne Mary Sandes. E esta ocupou a vaga que por direito deveria ser de Avanilton Carneiro que obteve dezesseis votos, porque Jeanne só poderia concorrer no segmento servidor público municipal. Outro artista ficou com seis votos. Sem contar o erro de que servidores públicos do município votaram em representantes da sociedade civil e vice versa. “Realmente! Faltou competência na condução da Conferência Municipal”, criticou o autor de “Quando o amor perde”, “Sobretudo por parte da representante da SECULT-BA em fiscalizar tais erros”.

Durante os dois dias da Conferência Territorial de Cultura-2009, Avanilton Carneiro irritou os técnicos e representantes da SECULT-BA com suas críticas a determinadas ações erradas por parte desta secretaria. Entre elas:

a) O fato da cidade não ter realizado a micareta desempregando centenas de músicos e dançarinos, deixando uma quantidade enorme de ambulantes sem um rendimento extra; causando prejuízo ao artesanato conquistense, artistas plásticos, as redes hoteleiras e de supermercados, táxis, comércio local, costureiras etc. Criticou Avanilton que o investimento em camarotes, durante o carnaval de Salvador, para a burguesia comer caviar, lagosta, camarão ao molho francês, daria para realizar não só a micareta conquistense, mas de outros municípios: “Enquanto a burguesia da capital degustava caviar, muitos músicos conquistenses passavam fome e dificuldades financeiras”. A participação deles na micareta conquistense significa contratos para o resto do ano no Sudoeste Baiano, porque essa festa popular funciona como vitrine para eles exporem seus talentos, novos shows, músicas inéditas, tanto para o público presente como através das transmissões dos canais de TV;

b) O não cumprimento de quase todas as metas aprovadas na Conferência de Cultura, 2007, prejudicando os artistas e, em especial, o interior, como:
b.a – O desrespeito a meta: “Territorizar os editais”, a qual foi encaminhada por Avanilton Carneiro e aprovada nas conferências das três esferas: municipal, territorial e estadual. A justificativa por não cumpri-la foi um tanto quanto absurda: alega a SECULT-BA de que a FUNCEB já tinha a sua política de cota de editais para o interior. “Então?” Questionou Avanilton Carneiro, pra que gastar tanto para realizar as conferências? Brincar de democracia se a ditadura prevalece sobre o desejo da classe artística da Bahia? Se a SECULT-BA já sabe que tem a sua política cultural imposta de cima para baixo, goela adentro, apenas para atender a capital baiana, pra que realizar Conferência? A verba gasta nas conferências deveria ser despejada na produção global de “Ó pai ó”. Assim Márcio Meireles sairia da SECULT-BA muito mais notório do que quando entrou.
A verba da cultura não pode sair de Salvador, porque coincidentemente os editais são vencidos por entidades culturais em que seus representantes são ligados a deputados eleitos por esse referido município. Se a territorização dos editais foi aprovada, a SECULT-BA e a FUNCEB tinham que acatar a decisão da Conferência de Cultura que é a instância maior da Cultura Baiana e não impor uma política de edital protecionista, discriminadora, marginalizadora, racista. Avanilton Carneiro já ouviu Eduardo Gabus dizer que o teatro do interior era tabaréu: “O que esses tabaréus querem tirar a verba da capital? A qualidade do Teatro Baiano está na capital”. E Avanilton ironizou: “Isso só porque o interior converge na capital”. E tornou o Grupo Avante Época-Teatro a ser a primeira entidade do interior a participar da “Campanha Nacional da Kombi”. Qual será o conceito de Márcio Meireles para segurar os editais na capital? O que justifica não atender a democracia? Provavelmente, algo parecido com o seu antigo correligionário.
Salvador é apenas um município, o interior tem 416 cidades. A FUNCEB estabelece a sua política de apadrinhamento para favorecer as entidades da capital protegidas pelos deputados da Terra de Todos Eles da Capital e o interior que somos todos nós fica apenas com as migalhas quando deixam sobrar. Juntando todos os municípios, a produção cultural do interior é um rolo compressor sobre a da capital. Então, por que ficar com a menor parte da verba?
Avanilton sabe que aquela equipe que viajou todos os Territórios, em 2007, filando o “rango” do Estado para distribuir publicidade partidária, perdeu na plenária, NA DEMOCRACIA, mas trabalhou nos bastidores (É bom que os artistas do interior baiano fiquem atentos com o Deputado Zilton Rocha e a então equipe de assessores dele que era liderada por Cuca.) e Márcio Meireles traiu a democracia que clamou em favor de “TODOS NÓS”. Territorizar os editais é repartir o pão com todos nós: “Que barganha foi firmada no gabinete para não territorizar os editais?” Não territorizar os editais significa enganar a consciência da cultura baiana, porque a plenária da Conferência de Cultura significa a consciência dos sonhos dos artistas territorizados, uma dura punhalada nas costas da democracia. O secretário não sabe o que é isto, porque a origem dele é Carlista, peça fundamental da Ditadura Militar Baiana. Pra que territorizar o Estado se a verba fica com a capital? E a SECULT-BA ainda teve coragem de divulgar, no seu site, que está exportando modelo de democracia territorizando os editais. Só não deu o devido crédito ao autor da idéia mesmo porque uma proposta ao ser encaminhada em plenária não se assina autoria, mas se esqueceu de dizer que democratizou apenas a verba do MinC: pontos de cultura e Microprojetos, porque a verba do Estado é loteada entre os coronéis da cultura de Salvador. Até Ivete Sangalo adquiriu a patente ao passar a mão na verba do FAZCULTURA. Imagine, agora, se todos os notórios da Bahia, residente na capital, Sudoeste do país, familiares dos que já morreram, resolverem ter direito a verba do FAZCULTURA? Eles precisam entender de que já têm direito à dotação do gabinete do secretário, porque são notórios e a Lei 8666 já os protege. Só não protege o artista emergente, o que realmente precisa. Esse fica passando fome pelo o interior da Bahia e tem que disputar as migalhas destinadas aos editais.
A SECULT-BA está remando contra a maré, porque o MinC territoriza os seus editais. Os dois únicos editais territorizados na Bahia foram os do MinC: Ponto de Cultura e Microprojetos. Coincidentemente, os Pontos de Cultura vencedores foram todos de entidades cujos representantes são da base aliada do governador Jaques Wagner. As entidades de opositores foram ilegalmente desclassificadas; depois, mesmo com o parecer da Procuradoria do Estado reintegrando todas elas e apontando onze erros da SECULT-BA, esta desrespeitou a Procuradoria e não convocou as entidades. Como o Procurador é função de confiança não fez questão de impor a decisão jurídica da sua pasta. Provavelmente, deve ter temido perder a cadeira se fizesse valer a justiça. E a SECULT-BA foi informada do parecer em 18 de dezembro de 2008. Não procede a justificativa de atraso por parte da Procuradoria, porque a própria SECULT-BA informou ao Avante Época, em 06 de janeiro de 2009, antes mesmo de qualquer contrato ter sido assinado com outra entidade. Se estava sob recurso, à verba não podia ter sido desviada para os clientes partidários, onde uma entidade, mesmo cliente, mas séria, desistiu da verba desviada com medo de ter que devolver todo o mutante após as decisões na Justiça Comum;
b.b – Avanilton mostrou também a contradição dos técnicos da SECULT-BA ao justificarem a não realização da meta: “Criar cursos de artes cênicas nas Universidades Estaduais” sob a alegação de ser responsabilidade da SEC. Porém, mais adiante, referente a meta: “Criar cursos técnicos de artes cênicas” declararam uma parceria com a SEC para a instalação dos mesmos, quando o dramaturgo mostrou a incoerência: Se a SECULT-BA pode se sentar com a SEC para criar cursos técnicos em artes cênicas, por que não poderia fazer o mesmo para criar os cursos universitários? Por que só é competência da SEC para os cursos superiores e não para os técnicos? Será que o objetivo é apenas formalizar os cursos técnicos já existentes na FUNCEB e TCA? Então, não precisaria se estender para o interior? Um professor de Física sentou-se com uma equipe e conseguiu levar um curso de Licenciatura em Artes Cênicas para Jequié, por que toda uma imensa equipe da SECULT-BA, muito bem qualificada, não pode sentar-se com técnicos e elaborar projetos de Artes Cênicas à todas unidades universitárias do Estado? Seria marcar o Governo Wagner para toda uma eternidade. Em diversas fases, a publicidade poderia ser feita. O Governador iria ser reconhecido por todos adversários da classe artística. Seria um ponto a menos para a voz em questão reclamar.
b.c – Quase todas as metas eleitas, em 2007, eram alegadas de que seriam realizadas em 2009 ou 2010. “Enrolação pura”. Significa que não foram realizadas. Não cumpriram a meta, porque outras Conferências já estão acontecendo e os artistas fugiram delas por não acreditarem. Se nesse espaço de dois anos, pelo menos a maioria simples das metas fosse realizada. Sequer chegou a 20%. A conseqüência foi o sumiço dos artistas. Retornar de que serão realizadas em 2009 e 2010 é dizer uma das três coisas: incompetência, descaso com à cultura, atender ao clientelismo partidário rende mais votos do que atender a democracia: a voz da plenária de 2007. Será que tem outros motivos?
b.d – Por último. Não há como não abaixar o nível: “a justificativa foi escrota”. Em 2007, a Conferência Estadual aprovou a proposta de Vitória da Conquista: “Criar Festival de Teatro do Sudoeste Baiano”. A SECULT-BA, simplesmente, ironizou a classe artística, troçou, zombou. Respondeu de que essa meta deveria ser uma iniciativa da sociedade civil. Se a própria sociedade civil, em Conferência, aprovou pedindo para que o Estado realizasse tal festival. Como que a SECULT-BA, a partir do gabinete do secretário, retorna a meta para a classe artística? Que Secretário é esse que o Governador Jaques Wagner nomeou para a classe artística? Será que Márcio Meireles se deu conta do que fez? Será que ele pensou que a classe teatral era Guga? Será que ele viu um texto na mão de algum ator e delirou que fosse uma raquete e devolveu a proposta como se esta fosse uma bola de tênis? “Nós a devolvemos, Secretário. A proposta foi aprovada para a vossa equipe realizar o Festival de Teatro do Sudoeste Baiano. Se quiséssemos que a sociedade civil o efetuasse, teríamos reivindicado verba para a sua realização. A nossa proposta é um festival oficial, protegido por lei, para não acabar quando a sociedade civil não for mais cliente partidária do governante”.

c) Ampliar a Territorização dos editais: Apresentando as propostas de 2009, como já houve a crítica no descaso à Territorização dos editais, Avanilton Carneiro encaminhou e foi aprovada a ampliação, mas promete fazer contato com todos os jornalistas do interior para pressionarem a Territorização dos Editais, todas as cidades vão ganhar e não apenas Salvador. O interior deve marchar unido.

d) Transparência: Foi à questão da polêmica, onde tanto os técnicos da SECULT-BA como artistas que vivem conseguindo recursos via gabinete se manifestaram contra a transparência. A Secretaria não quer que a sociedade civil saiba onde e como são gastos os impostos dos contribuintes e os artistas clientelistas não querem ser denunciados. Houve uma atriz conquistense que se levantou dando um ar de querer tomar o microfone das mãos do autor de “Julieta Julieta”. Não suportou as criticas. Doíam na consciência dela. E o dramaturgo teceu elogios aos editais do MinC e da SECULT-BA, mas pediu transparência na seleção, onde um dos seus projetos: “Teatro na Sala de Aula” sequer foi avaliado. O cúmulo do absurdo aconteceu: retornaram o projeto alegando de que não iriam avaliar porque o correio não especificou o peso da correspondência. Nunca na história do Grupo Avante Época-Teatro ele foi desclassificado sob tal argumento. Provavelmente, jamais uma entidade, no Brasil, sofreu tamanho golpe: “É politicagem partidária mesquinha com a verba pública”. Transparência também para essa grande coincidência dos vencedores serem sempre pessoas ligadas à base aliada do Governo. Pessoas que jamais haviam vencido um edital, agora, não param de ser contempladas: “Não entendo o porquê o banner dos Deputados estão sempre nos foyers quando das apresentações delas. Os cartazes destampam os nomes dos Deputados. Agradecimento de quê? Será que os Deputados estão tirando do bolso deles e patrocinando os eventos?”.
Mas, a polêmica foi quando o Dramaturgo Conquistense pediu prestação de contas publicada no site da SECULT-BA, porque eles alegam não ter verbas para aplicarem no interior. Mas se gabam por democratizarem à cultura publicando editais para a capital. O que Avanilton quer saber é a dotação da Secretaria, “porque se ela recebe 100% e aplica apenas 5% nos editais, colocam os artistas para ficarem disputando entre si uma verbinha de nada, sonhos sendo desfeitos ao receberem os resultados e, trancafiados no gabinete, o Secretário e seus clientes partidários gastarem 95% como bem querem até mesmo em benefício próprio como sustentar a produção de ‘Ó pai ó!’ e a montagem de uma das suas peças pelo o Grupo Olodum de Teatro”, a classe não pode ficar calada. Tem que reagir e repugnar publicamente esses artistas clientes (Exceto os notórios os quais são protegidos pela 8666.) que ‘chupam’ a verba da classe entre quatro paredes.
Sugam tanto que até editais publicados, avaliados, resultados divulgados na imprensa, alarde geral, planos feitos, sonhos “realizados”, publicidade favorável ao Governador pelo o processo democrático da Cultura Baiana. De repente: o dito pelo o não dito: o edital foi suspenso. O dinheiro que estava depositado sumiu. É Lei: não se pode abrir licitação sem a verba em caixa. Pra onde foi à moeda dos editais? Que gato comeu? Nunca na história da Bahia houve tamanho desrespeito com a classe artística. Se houvesse a transparência, os artistas contemplados saberiam onde foi consumida a quantia deles ou que gasto poderia ter sido evitado para pagar a quem de direito. Jamais na história da cultura baiana houve isso: entidades vencerem editais, mas não receberem seus respectivos prêmios porque o dinheiro sumiu.
O autor de “O Candidato de Deus” continuou suas críticas ao dizer que não justificava tamanho investimento em contratar vinte e seis representantes de Territórios, “verdadeiro cabide de emprego, se quando chega à realização das Conferências Territoriais aparecem mais de trinta técnicos da SECULT-BA. Um batalhão. Em Vitória da Conquista, tinha tantos técnicos da SECULT-BA quanto delegados dos territórios. Por que esse pessoal não se espalhou pelo estado realizando as Conferências Territoriais? A equipe de apoio deveria ser formada pelo pessoal que realizou as municipais. Não formaram uma parceria? O pessoal já não pegou experiência nas municipais? O mutante de salários, diárias, alimentações, transportes, poderia muito bem ser aplicado em editais nos Territórios”. Para o autor de “Das Dores do Café” não adianta ter tantos representantes, da SECULT-BA, nos territórios, “porque a incompetência prevaleceu”. Ele afirma que se a representante do Território Vitória da Conquista não deixasse passar tantos erros, na Conferência Municipal de Cultura-2009 não teria acontecido o lamentável ato de autoritarismo, tais como: a servidora pública municipal, Jeanne Mary Sandes, não seria eleita como representante da sociedade civil prejudicando o dramaturgo Avanilton Carneiro: “Afinal, Patrícia Moreira estava ganhando para assessorar e fiscalizar a Conferência Municipal, mas não soube fazer o trabalho que lhe foi conferido”.

e) Pauta do Centro de Cultura: Essa foi à questão da plenária e dos bastidores. Os artistas tanto de Vitória da Conquista quanto das demais vinte e cinco cidades se queixaram de não conseguirem pauta. O autor de “Perdidos para Sempre” fez algumas observações:
e.a – “Torna-se difícil levar um evento artístico ao Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima devido esse ter se elitizado bastante e as produções locais, sem um bom investimento, têm tido fracasso de público. Até mesmo espetáculos oriundos de Salvador, vencedores do BRASKEM, ganhadores de editais de circulação se apresentaram para 47 pessoas. O fracasso foi tamanho que a FUNCEB não colocou mais o município no roteiro do último edital de circulação”;
e.b – Mas, vá lá que a entidade consiga patrocínio para tudo e venha pedir uma pauta e for negada. “Encaminhe a solicitação por ofício e exija a resposta oficialmente também. Espere chegar o dia que foi solicitado e negado. Se houver apresentação tudo bem. Se não houver entre com uma ação. E se houver apresentação, procure saber quem está na produção empresarial?” O autor de “Calígula Calígula” observou ser o diretor do Centro de Cultura um empresário: “Faz parceria com outros empresários e traz espetáculos. Isso só se ver na Bahia. Ele não pode reservar pauta em benefício próprio. Assim como um dos parceiros dele, Carlos Moreno, não pode usar a estrutura da Coordenação de Cultura da UESB para apoiar os seus eventos particulares”.
e.c – E por fim, se o artista não conseguir, junto ao Diretor do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, a pauta desse patrimônio público, o autor de “Síndrome da Traição” aconselha a procurar o chefe político dele: “O Deputado Edgar Mão Branca (PV), aquele do chapéu de couro. O Centro de Cultura foi transformado num comitê público do Deputado”.
Na última Eleição Municipal, o autor de “A Senadora” chegou à sala da diretoria no momento em que acontecia uma reunião com os candidatos a vereadores do PV. O agrupamento foi desfeito no ato, mas Alexandrino, amigo de infância, não deixou de pedir voto. Foram se agregar numa sala escondida.
O Dramaturgo tem diversas publicações gráficas, apanhadas no foyer do Centro de Cultura, divulgando o Deputado Federal. Ficam espalhadas por todos os lugares. São toneladas ao longo do ano. Iguais as de Javier Alfaya (PCdoB) que foram disponibilizadas durante a II Conferência Territorial de Cultura-2009. Daqui a pouco vai sobrar farpa para o artista igual sobram balas perdidas nas invasões do morro. O diretor do Centro de Cultura deve ter permitido tais folders de Javier porque este é Estadual. Não é adversário direto do Deputado Mão Branca. Alfaya deverá tomar um puxão de orelha do Deputado Waldenor Pereira (PT) como deve ter tomado Zilton Rocha que este ano não deu as caras com sua equipe. Será que aprendeu a respeitar o território?
Questionado, nos bastidores, se o Deputado liberava a pauta mesmo, Avanilton deu um exemplo recente: “Durante a realização do I Encontro dos Pontos de Cultura de Vitória da Conquista se inscreveram apenas vinte e cinco pessoas. Mas só ficaram onze. Uma entidade abandonou o Encontro quando começou o embate. Desses onze, Avanilton Carneiro (Dramaturgo), Patrícia Moreira (Representante da SECULT-BA), Dirley Bonfim (MAC) e Jerry Santos (Poeta de Cândido Sales) não são Pontos de Cultura. Dos Pontos de Cultura só compareceram sete pessoas, sendo dois de uma mesma Cia de Teatro. Ocuparam toda a estrutura do Teatro Wanderley Menezes por dois dias, com apenas sete pessoas. A marca do candidato estava no cartaz deles. Se ele conseguiu para sete pessoas, por que não haveria de viabilizar para uma apresentação de uma peça teatral?”
Dois dias para o “I Encontro dos Pontos de Cultura de Vitória da Conquista”. Apenas sete pessoas, toda a estrutura do Centro de Cultura a disposição e um investimento de novecentos mil reais. “Por isso que pedimos transparência nas avaliações dos editais. E Rita Clementina é parte desse fracasso. Ela estava na Comissão de Avaliação”.

O autor de: “Marido Direita. Mulher Esquerda” questiona se vale a pena o desgaste pela a territorização dos editais? Peitando os brutos em embates memoráveis. Deixando de escrever os seus dramas, romance, ficando longe da família, agravando ainda mais a sua saúde? Lutando para socializar as verbas pelos territórios? Artistas ganhando editais sem concorrer com o “teatro de qualidade” da capital e o agradecimento é expulsarem da Conferência onde buscou conquistar facilidades para a classe. Mas o que ele viu foram alguns artistas o combatendo: “O meu consolo é saber que são artistas clientes partidários. Não têm interesses em socializar os editais, porque sabem que vai tirar o que eles conseguem nos bastidores dos gabinetes dos secretários sem passarem pela concorrência dos editais”. Por isso o autor de “Náufragos” não se abala com esse absurdo cometido pela SECULT-BA, através dos seus agentes administrativos, e acha se ele fosse posto para fora apenas pelos os técnicos da SECULT-BA, “meus eternos adversários por natureza”, mas Patrícia Moreira? “Atriz conquistense!” E acrescenta: “Esse cargozinho de representante da SECULT-BA no Território vai passar. Tem os dias contados. Haverá de retornar ao ilustre posto de ser apenas atriz e vai encontrar os benefícios que eu os conquistei, mas a atitude arbitrária, ilegal e inconstitucional dela ficará, será repudiada pela a classe artística pelo o resto da vida”. O autor de “Catrina” não acredita que ela vai amargar a decepcionante atitude de expulsá-lo da Assembléia, “porque, até então, ela não tinha consciência de que Avanilton Carneiro não ter chegado como delegado titular na Conferência Territorial não foi por incompetência da assessoria dela, da fiscalização”: “Ela fez o jogo da manobra em prejudicar-me, porque se ela quisesse ser profissional, na hora da votação não permitiria Jeanne Sandes, servidora pública municipal, ser eleita como sociedade civil. Não permitiria César Sandes ser posto como delegado biônico, não deixaria os delegados servidores públicos municipais serem impostos pelo Secretário Municipal de Cultura. O amadorismo partidário prevaleceu”. Para o autor de “A Obra” o anseio de assumir o lado ditatorial do Governo Jaques Wagner foi bem mais forte: “Nós estamos no poder, podemos botar qualquer um pra fora dos ‘nossos’ prédios públicos”. Violaram até os regulamentos da Conferência Estadual de Cultura, porque se não quiseram acatar o artigo que dava direito ao Dramaturgo Avanilton Carneiro em substituir a delegada faltosa: “Eu estava legalmente credenciado como ouvinte. Jamais poderia ser posto para fora”. Para o Sr. Carneiro, o ato foi apenas uma tentativa de amordaçar a Voz do Interior. “Não conseguem!” A decepção de ter sido enxotado perante todos os colegas da classe artística do Território não ficará de graça: “Nos encontraremos nos tribunais”. E afirma que a artista plástica Patrícia Moreira entrou para a história do Teatro Conquistense com esse ato truculento, “À nível dos tempos da Ditadura Militar”.

Avanilton Carneiro reconhece que diante de todas as críticas que ele teceu não poderia sair da Conferência Estadual como delegado. Tão logo ele foi para a Assembleia da Sociedade Civil, houve uma reunião às pressas. Descobriram que ele estava apenas como suplente de delegado. Aconteceu a primeira tentativa de retirá-lo da sala. “Mas, faltou uma delegada. Ela não compareceu.” “Quem?” “Patrícia Chaves. Se a titular faltou, de acordo ao Regulamento, eu terei que ser credenciado.” “Não senhor! Vai ter que sair. Você não é delegado”. “Sou. A Delegada não veio, por direito, eu assumo o lugar dela”. “Você tinha até às dez horas para reivindicar o seu direito”. “Não saio porque é direito meu ser delegado na falta da titular. O regulamento não estabelece tal horário”. “Você não pode ser votado. É apenas suplente”. E a técnica saiu em busca de reforços.
Nesse instante, subdividia em cidades para indicar os delegados. Avanilton tinha outro trunfo além da sua titular, eleita, com seis votos da entidade que ela dirige, no Eixo III, Jeanne Mary tinha sido eleita ilegalmente. Ela é servidora pública municipal. Só podia concorrer entre o segmento dela. A proposta era reivindicar o direito, mas chegaram Patrícia Moreira e Rita Clementina: “Você não pode sequer falar. Saia. Você não pode ficar aqui”. Rita ainda queria que Avanilton Carneiro saísse em silêncio para ninguém saber da brutalidade, do desrespeito, da censura, da arbitrariedade, do autoritarismo. Mas, ele usou do seu potencial de ator e denunciou. A classe ficou indignada. Três se prontificaram de imediato a testemunharem em juízo o constrangimento e os danos morais perante todos.
Avanilton Carneiro saiu deixando para trás:
- Um delegado biônico, imposto pelo o coronelismo cultural de Gildelson Felício. Avanilton Carneiro teve dezesseis votos. César Sandes teve apenas a indicação do Secretário Municipal;
- Dois delegados de uma mesma entidade: Jeanne Mary e César Sandes, Cia. Marie de Teatro. O regulamento permite apenas um representante de cada entidade;
- Em seu lugar, uma servidora pública municipal, que deveria estar de fora ou junto com o Secretário que não teve voto para sair da Conferência Territorial como delegado;
- Transgressões nos regulamentos internos da Conferência Municipal. Cada entidade só poderia enviar um delegado. Patrícia Chaves foi eleita, no subgrupo de trabalho, por seis membros do Grupo Aquários; Mercia, por cinco membros do MAC; Jeanne, três membro da Cia dela; A Associação de Artesanato trouxe tantos outros representantes; O GEP nem se fala. Avanilton cumpriu o regulamento. Chegou como único delegado enviado pelo o Grupo Avante Época-Teatro;
- Um Quórum Municipal formado pela a comitiva do prefeito;
- Quórum Territorial contado sobre a comitiva do Deputado Waldenor Pereira. Ambos os quórum foram falsos. Será que o mesmo aconteceu em todos os territórios? As comitivas dos políticos puxaram o quórum e vão chegar à nacional com uma estatística totalmente falsa, com uma quantidade de delegados irreal. É assim que se ganha?
O Dramaturgo aprendeu mais uma resposta para o questionamento: “Cultura é o quê?”
- Expulsar, dos prédios públicos, um artista que denuncia e esclarece aqueles que apenas levantam os crachás.